Por que e quando usar?

O uso do equipamento de proteção individual é a principal medida de segurança contra intoxicações e deve ser usado para todas as faixas de periculosidade dos defensivos agrícolas (indicadas pelas quatro cores). Isso porque o perigo dos defensivos agrícolas não está apenas relacionado ao índice de toxicidade, mas também ao modo de aplicação, ao tempo e grau de exposição, às condições climáticas no momento da aplicação e a outros fatores nos quais o trabalho sempre será mais seguro com o uso do EPI.

O EPI é necessário em todas as etapas de uso dos defensivos agrícolas.

No momento do preparo da calda, seja pelo método tradicional ou através do tanque auxiliar dos pulverizadores mais modernos, há sempre o risco de respingos do defensivo agrícola. E como o defensivo agrícola ainda está concentrado (não está diluído na água), um respingo sempre aumenta o risco de contaminação da pele, dos olhos, das mucosas.

Risco que está presente ainda durante a aplicação, inclusive quando feita com trator e mesmo que este tenha cabine.Primeiro porque poderá ocorrer situações que vão exigir que o aplicador saia da cabine do trator para fazer reparos e as devidas verificações nos equipamentos, o que vai expô-lo mais intensamente. Segundo, por causa do uso do ar condicionado. Com a sucção do ar exterior (que pode estar contaminado pelo agrotóxico), poderá haver uma contaminação do sistema de filtragem do ar, que pode atingir o interior da cabine. Dessa forma é sempre necessário o uso do EPI e a descontaminação do filtro do ar condicionado a cada uso.

Por fim, o uso do EPI se faz necessário até durante a limpeza dos equipamentos de pulverização após a aplicação, que conterão resíduos dos produtos químicos.

Além de ser obrigatório por lei, o bom senso recomenda o EPI como ferramenta auxiliar na preservação da saúde do aplicador pela diminuição do risco inerente a essa atividade. Afinal, quanto vale a saúde? Um EPI custa bem menos que uma consulta médica, sem falar dos exames e remédios.